Desde 2014, a artista ucraniana Zhanna Kadyrova vem explorando a relação entre arquitetura, moda e mosaicos cerâmicos. Realizado em diferentes lugares e apelidado de “Second Hand”, o projeto corresponde à memória arquitetônica e social de comunidades particulares.
Apresentado pela “Galleria Continua” na Bienal de Arte de Veneza de 2019, entre as peças estão a publicação de azulejos de cerâmica de um hotel em Veneza para construir itens de vestuário e roupas de cama, alguns pendurados em varais suspensos na parte de trás do pavilhão central e visíveis através das janelas.
Devido ao seu material – cerâmica esmaltada, painéis de mosaico ou telhas de barro e argila apresentarem uma forte resistência física aos efeitos do tempo, sendo mais duráveis do que a arquitetura em que são colocados, a exposição tem características peculiares.
Os projetos de Kadyrova exploram esse paradoxal encontro entre o concreto, a pedra fundamental da modernidade – barata, viciante e poluente – e seu sagrado, frágil e exclusivo mundo de cerâmicas e belezas ocultas.